sexta-feira, 20 de maio de 2011

SURPRISE!



Tive uma semana bem intensa. Com direito a dias de depressão, caos, trabalho além da conta. Algumas coisas que me deixaram chateada e tristezinha. Então essa semana resolvi fazer uma sopinha e chamar algumas amigas queridas para nos afundarmos no vinho aqui em casa. Realmente aconteceu. Quatro garrafas de vinho no meio de muitas conversas e risadas. Essas coisas maravilhosas que só as amigas são capazes para recuperar seu humor. Então Paula vira para mim e diz "Vou para Paris no meio de Junho. Porque você não vem comigo?". Sabe que por dez segundos eu fiquei tentando pensar em razões para não ir. Não me veio nenhuma em mente. E eu comecei a pular como besta no meio da sala. "Paris! Paris! Paris!". Então assim. Paris em junho. Longas caminhadas. Vinhos nos parques. Fotos na Pont Neuf. Vou visitar Versailles, que não fui da última vez. E fazer tudo o que eu não consegui fazer da outra vez porque S. era americano demais para fazer coisas francesas. Como Paula é praticamente parisiense, será ainda mais especial voltar para lá com alguém que conhece a cidade de uma forma não turística. Estou que não me aguento de empolgação. Muita benção! Eu preciso agradecer. Sempre que fico borocoxô, a vida me presenteia com algo fantástico. Muita benção! Mas espera um pouquinho... Não é apenas isso não! Checando passagens com minha agente de viagens, ela me oferece uma da KLM via Amsterdam... Tá pensando no que eu estou pensando? (Porque não parar uns dias em Amsterdam???) Pois é. Estou até agora tentando achar um motivo para não. :-) E meu Dutch Prince ainda vai me encontrar lá... Lógico que eu já estou me coçando de vontade de ir para Brussels, Barcelona, Londres, Porto, ficar mais tempo e rever tantas cidades que eu amei. E ROMA! Claro. Minha Roma amada. Mas não vai dar. Não dessa vez. Vou pegar apenas 10 dias, aproveitando final de semana, feriado prolongado e torcendo para ninguém reparar que eu fui até ali e volto já. Mas ainda assim, é Paris! E Amsterdam como cereja do bolo. Dá para não sorrir? (Eu ainda estou pensando em algum motivo para não.) Não. Não dá.

quarta-feira, 11 de maio de 2011

PINK BIKE

Eu quase não dou conta de ficar pesquisando conteúdo e descobrindo blogs por todos os lados. Vou esbarrando em tanta coisa legal, que depois não lembro de onde foi, como, quem. No meio da incursão de hoje, esbarrei nessa bike perdida entre um post e outro. Pink! Sim, Pink! Eu me lembro que quando tinha 15 anos a moda eram as mountain bikes com 18 marchas. Eu queria uma rosa. Rosa fluorescente. Não existia. Eu quis tanto. Com tanta força. Que 15 dias antes do meu aniversário a Caloi (ou foi a Monark... não lembro) lançou uma exatamente como eu queria. E eu ganhei de presente. Dei muitas voltinhas na Fábrica da Melhoramentos com ela e com a Carol. Hoje eu tenho uma comum. Caloi, 21 marchas. Bonita. Bem urbana. Em Amsterdam eu pirei com as bikes que todo mundo usa para cima e para baixo. Simples, de ferro. Com freio no pedal. Jeitão retrô. Como essa semana eu ando saudosista da Europa (talvez porque esteja esfriando e eu fico pensando que lá é só primavera ainda e o verão vai chegar), ando com uma saudade de Roma, de Bruxelas, de Londres e Amsterdam (minhas favoritas). De tomar gelatto, deitar na grama do Hyde Park, waffles e pedalar entre canais. Eu vi esse modelito e pensei: “tem meu nome nela”. A coisa mais "mim qué muito" do mês! O preço nesse link só que me assustou. Será que é pegadinha? Será que eu caio na pegadinha? Só falta um cestinho na frente, um ramalhete de lilases e lavanda... Ah, em algum lugar do mundo é Primavera!

terça-feira, 10 de maio de 2011

DRY BY DRI


Eu sou da opinião de que Champagne deveria ser item de cesta básica. Adoro! Por mim todo dia era brunch. Ovos Benedict e flute de Champagne. Adoro o formato das taças. Adoro as bolhinhas fazendo cócegas no nariz. O entorpecimento e as cores que a vida só ganha quando tomamos champagne. Winston Churchill (talvez o único político que eu respeite de toda história) dizia: “Champagne should be cold, dry and free.” A Kika foi para Berlin e me trouxe um imã de geladeira que diz exatamente isso. Achamos que Sir Churchill roubou isso de mim.  Verdade que champagne é um Channel. Clássico. Universal. Mas eu tenho também um outro drink de paixão. Eu costumava consumi-lo com mais freqüência antigamente. Em tardes preguiçosas ou acompanhando conversas e bolinhos de arroz no Ritz junto com o Alê. Dry Martini! O drink do James Bond (que cometia o sacrilégio de pedir batido e não mexido). Foi o Alê que me ensinou a pedir Dry Martinis com duas (Três pode Arnaldo?) azeitonas. Segundo ele o gin faz com que a pressão caia levemente, e a azeitona no fundo da taça triangular é como um pequeno orgasmo, salgadinha, dando um up e fazendo o mundo brilhar. Dry Martinis com orgasmos duplos. Sou muito a favor. Acabo não pedindo tantos Dry Martinis quando saio por uma razão muito triste na verdade. Em uma época em que a moda é colocar adolescentes de avental atrás dos balcões, difícil mesmo é encontrar um Dry bem feito em São Paulo. Alguns endereços mantém barmen a peso de ouro. Apesar de muito simples em conteúdo, o Dry Martini é o drink mais difícil de ser executado corretamente. O gin é uma bebida muito suceptível às ações do ambiente. Temperatura, trepidações. Tudo altera seu sabor. O vermuth é quase nada. É ele quem dá o “dry”, e se não for adequadamente acrescentado, pode resultar em um drink intragável. Fora isso existe uma combinação de tempo e destreza do barman em gelar o copo, passar o gin na coqueteleira em tempo de não derreter o gelo, besuntar a taça com vermuth. Acrescentar rapidamente o gin e, enfim, pingar a azeitona. Ou melhor, as azeitonas. Eu aprendi os segredos para se fazer um bom Dry, segredos esses que definem a mão de um bom barman, por um date. O date foi um fracasso. Ele era um rapaz adorável, mas que infelizmente não me atraía em nada. Mas era também campeão brasileiro de coquetelaria (é assim que fala?), e me ensinou cada passinho para servir um Dry de fazer Ian Flemming tirar o chapéu. No final de semana eu comprei tacinhas triangulares. Mesmo que for para tomar chá gelado, tacinhas triangulares são um charme. Hoje eu arregacei as mangas e fiz meu primeiro Dry Martini do ano. Geladinho, seco, e com orgasmo triplo. Para comemorar um dia lindo, produtivo e cheio de oportunidades. Pode ser um pouco alcoólatra chegar em casa e fazer drinks... mas eu fiquei me sentindo, desfilando pela sala com a tacinha triangular.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

COOLTRANE QUARTET AND A CLOUD SKY


Eu queria passar o final de semana bem quietinha, meditando. Assistindo os filmes que estão entupidos na minha HDTV. Ficar um pouco comigo em silêncio. Não foi exatamente assim porque o telefone tocava ou apitava, e teve Dia das Mães (quando você é de família italiana qualquer almoço de domingo é o exato oposto de “quietinho” e “silêncio”). Mas o que deu para relaxar já foi de grande ajuda. Me ajudou a deixar a mente quieta e a espinha ereta. Está faltando o coração tranqüilo, mas isso eu resolvo com mais um pouquinho de meditação. Afinal o segredo é conseguir o equilíbrio também de ficar sozinha e acompanhada por mim mesma. Ontem, voltando da orgia gastronômica que foi o almoço na casa da minha tia, ouvi um somzinho muito delícia na MIT FM. Eu descobri a MIT por acaso. Eu estava procurando a Eldorado depois que eles mudaram tudo e virou Estadão e Brasil 3000 (!!!), então esbarrei nessa rádio que fica bem ao ladinho de onde era a Eldorado. No 92,5. Não sei se a rádio existe já há tempos e eu só descobri agora que voltei para casa, de qualquer forma foi uma grande descoberta. Locutores tranqüilos, uma programação que tem bem meu gosto. Sofisticada e despretensiosa. Ontem estava ouvindo um programa que só passa versões pouco conhecidas de músicas famosas. Eu gosto de Clash, por exemplo. Acho Clash incrível para dançar. Mas Clash, você precisa estar no clima. De matar a rainha, ou salvar a rainha, whatever. Em um dia cinzento como está hoje, em que minha xícara de Earl Grey esfria enquanto eu enrolo para almoçar, quem diria que Clash pode ser uma opção perfeita? Eu digo. Dá uma olhadinha nessa versão de “Should I stay or Should I go” feita pelo Cooltrane Quartet. Novamente, assim como a rádio, não sei se essa banda está por aí há milênios e eu não sabia. Mas no meu mundo eu estou descobrindo agora, e é segunda-feira cinzenta.



sexta-feira, 6 de maio de 2011

SILÊNCIO PORFAVOR!


Tem hora que a gente se perde de si mesma. As pessoas começam a olhar para a gente e enxergar exatamente tudo aquilo que você abandonou dois anos e que foi tão difícil e doloroso se livrar. Não está totalmente eliminado de mim. Então silêncio para saber exatamente onde foi que eu me perdi.
Tudo é uma questão de manter a mente quieta, a espinha ereta e o coração tranquilo.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

HAPPY AUDREY!



Happy Audrey to you!
Hoje seria o aniversário da Audrey Hepburn. A garota que se achava feia, desengonçada, mas conseguiu usar tudo isso a seu favor e até hoje é um ícone de estilo e elegância. Quem me conhece sabe que eu sou uma Audrey girl. Existem garotas que são Marilyn, outras são Jackie. Garotas Imelda. Conheço umas que até são Amy (Winehouse!!!). Mas eu sou Audrey. Então sinto que hoje eu mereço um presente de aniversário também. Vale rever post que fiz em Londres no ano passado: What would Audrey do? e flute de champagne no final do dia.
Happy Audrey to me!

ESSE NEM IMELDA TEM!

Vai para o rodeio e não sabe onde colocar o dinheiro? Baile Funk e não quer dar bandeira com a camisinha? Pensando em encarar a "Reiver" e não tem onde enfiar o absorvente? Balada? Barzinho? Compras na 25 de março? Seus problemas acabaram!


(Só para registro. Sou doente por sapatos... mas NUNCA tanto assim!)

segunda-feira, 2 de maio de 2011

YOURWEDDING.COM

Eu já estou com diabetes com esse papo de casamento para todos os lados. Quando eu acho que vou cortar os pulsos e assinar o atestado de cética forever, trombei com esse vídeo no blog da Espaço Fashion. É um vídeo da Ashley Meaders, que é designer, produtora, videomaker e garota plural. She makes stuff! Eu acho que se a Kate tivesse esbarrado nesse site aqui teria feito um casamento bem menos tradicional. Mas como ninguém aqui precisa seguir protocolo real, vale a pena anotar o endereço na agenda e inventar qualquer evento para contratar a moça e se deliciar com o que ela pode inventar para a gente. Tudo tão criativo, fofo e despretencioso. Com uma cara danada de "mim qué muito".


Max, Margaux, & The Marvelows from Shark Pig on Vimeo.

domingo, 1 de maio de 2011

QUENTE, QUENTE, QUENTE... QUEIMOU!

Funciona assim. A gente começa a ganhar peso. Dormir mal, ficar cansada. Então chega em casa um dia e resolve fazer uma revolução na alimentação. Nada mais de comer enquanto trabalha em frente ao computador. Nada mais de comida em saquinhos, barrinhas de gordura e açúcar. Eu cheguei em casa essa semana e resolvi cozinhar. Gãos integrais e legumes. Tudo bem caseiro para deixar minha pele mais bonita. Coloquei uma espiga de milho em água com sal para cozinhar e fui para o computador trabalhar. O problema de computadores é que eles nos transferem para uma realidade paralela. Uma outra dimensão onde o tempo e o espaço possuem massa, peso, cor e aroma diferentes. Após algumas horas a gente só sente que o tempo passou se a perna começar a formigar. Mesmo assim mudamos de posição e continuamos compenetrados no que quer que estivéssemos fazendo. Eu até cheguei a sentir cheiro de queimado, mas achei que o vizinho fosse desastrado. Como Murphy diz, a desastrada sou sempre eu. Resultado foi uma cozinha tomada pela fumaça. Uma panela jogada no lixo. Louças, paredes, meus cabelos e os lençóis limpinhos que estavam aguardando para serem passados, totalmente defumados. O cheiro de queimado impregna nas narinas, né!? E o jantar virou essa imagem aqui embaixo. Uma vez eu salguei demais a comida e me disseram que era sinal de que eu estava apaixonada. (Neguei. Neguei até a morte, mas eu estava.) Quando a gente produz carvão caseiro é sinal de que?